Era uma vulgar 6ª feira, supostamente como outra qualquer.
No regresso de mais uma viagem de trabalho, desta vez a Chaves, aconteceu-me um episódio curioso, que a tornou numa 6ª feira diferente.
Conduzia na A7, já perto da saída de Guimarães, quando dei pelo sinal de combustível na reserva. Como a margem de manobra não era muito grande, e eu desconhecia a que distância estaria de uma bomba Galp (preferência, por causa do cartão Fast da empresa), a melhor opção seria colocar gasóleo logo na 1ª bomba que surgisse. Tirei um pouco o pé do acelerador para evitar consumir muito, e lá fui rolando pacificamente até aparecer a próxima estação de serviço.
Até que ela surge no horizonte.
Azar ! Não era da Galp, mas sim da BP.
A escassas dezenas de metros de distância, deparo com uma linha de cones de sinalização a barrar a entrada da estação de serviço… No entanto, vejo carros e movimento dentro da estação e resolvo avançar pelo meio dos cones que afinal estavam suficientemente afastados permitindo a entrada de uma viatura.
Logo atrás de mim entra também um Audi que me ultrapassa e pára junto à entrada da loja de conveniência.
Já junto da bomba, quando me preparava para pegar na mangueira de abastecimento, o homem que vinha no Audi, vira-se para mim, e põe-se a abanar o dedo como um limpa pára-brisas. Ao que eu perguntei:
“- Não se pode reabastecer ?”
“- Não viu os cones de sinalização lá atrás ? O posto está fechado.”
“- Claro que vi, mas como vi movimento cá dentro, resolvi entrar…”
“- Pois, mas estamos fechados. O posto vai ser inaugurado ainda hoje mas estamos à espera do Sr. Padre para vir benzer a obra. Faz parte da tradição.”
“- A sério ?!?!? E a que horas é que o Sr. Padre ficou de vir ?”
“- O Sr. Padre deve estar aqui por volta das 17h30m”
“- É pá ! Falta ainda meia hora… E se ele se atrasa… Estar aqui à espera esse tempo todo… Ainda por cima eu não sou nada católico ! Estou mesmo com o depósito no casco. Se não encontrar outra bomba aqui perto, ainda fico atascado no meio da auto-estrada…”
“- Espere aí. Já lhe digo alguma coisa.”
Ausentou-se para dentro da loja durante alguns segundos, para logo a seguir regressar…
“- Pode abastecer. Vai ser o nosso 1º cliente”
“- Obrigadíssimo.”
Após abastecer 20€ dirigi-me ao interior da loja para pagar, cruzando-me com o mesmo homem que logo percebi ser o gerente do posto.
“- Parabéns, o Sr. é o nosso 1º cliente.”
“- Isso dá direito a algum prémio ?”
“- Aceita um café ?”
“- Com todo o gosto.”
Por momentos pensei que o prémio poderia ser algo de mais substancial, mas um café dadas as circunstâncias, sempre era melhor que um pontapé no cú.
Saquei entretanto do cartão de débito para pagar por multibanco.
Azar !
O multibanco após várias tentativas dava sempre erro.
Um outro responsável da loja ligou com alguém da assistência técnica da SIBS que após várias tentativas de configuração do terminal multibanco lá conseguiu pô-lo operacional.
“- Ainda bem que apareci antes da inauguração para vocês terem a oportunidade de ensaiar todos os equipamentos.”
Os mais católicos diriam que como o posto não tinha sido ainda benzido as coisas não poderiam estar todas operacionais.
Já do meu ponto de vista chego à seguinte conclusão: Poucos postos de gasolina devem estar benzidos, a constatar com o nº de gasolineiras que são assaltadas por ano… Ou então a tradição já não é o que era...
No regresso de mais uma viagem de trabalho, desta vez a Chaves, aconteceu-me um episódio curioso, que a tornou numa 6ª feira diferente.
Conduzia na A7, já perto da saída de Guimarães, quando dei pelo sinal de combustível na reserva. Como a margem de manobra não era muito grande, e eu desconhecia a que distância estaria de uma bomba Galp (preferência, por causa do cartão Fast da empresa), a melhor opção seria colocar gasóleo logo na 1ª bomba que surgisse. Tirei um pouco o pé do acelerador para evitar consumir muito, e lá fui rolando pacificamente até aparecer a próxima estação de serviço.
Até que ela surge no horizonte.
Azar ! Não era da Galp, mas sim da BP.
A escassas dezenas de metros de distância, deparo com uma linha de cones de sinalização a barrar a entrada da estação de serviço… No entanto, vejo carros e movimento dentro da estação e resolvo avançar pelo meio dos cones que afinal estavam suficientemente afastados permitindo a entrada de uma viatura.
Logo atrás de mim entra também um Audi que me ultrapassa e pára junto à entrada da loja de conveniência.
Já junto da bomba, quando me preparava para pegar na mangueira de abastecimento, o homem que vinha no Audi, vira-se para mim, e põe-se a abanar o dedo como um limpa pára-brisas. Ao que eu perguntei:
“- Não se pode reabastecer ?”
“- Não viu os cones de sinalização lá atrás ? O posto está fechado.”
“- Claro que vi, mas como vi movimento cá dentro, resolvi entrar…”
“- Pois, mas estamos fechados. O posto vai ser inaugurado ainda hoje mas estamos à espera do Sr. Padre para vir benzer a obra. Faz parte da tradição.”
“- A sério ?!?!? E a que horas é que o Sr. Padre ficou de vir ?”
“- O Sr. Padre deve estar aqui por volta das 17h30m”
“- É pá ! Falta ainda meia hora… E se ele se atrasa… Estar aqui à espera esse tempo todo… Ainda por cima eu não sou nada católico ! Estou mesmo com o depósito no casco. Se não encontrar outra bomba aqui perto, ainda fico atascado no meio da auto-estrada…”
“- Espere aí. Já lhe digo alguma coisa.”
Ausentou-se para dentro da loja durante alguns segundos, para logo a seguir regressar…
“- Pode abastecer. Vai ser o nosso 1º cliente”
“- Obrigadíssimo.”
Após abastecer 20€ dirigi-me ao interior da loja para pagar, cruzando-me com o mesmo homem que logo percebi ser o gerente do posto.
“- Parabéns, o Sr. é o nosso 1º cliente.”
“- Isso dá direito a algum prémio ?”
“- Aceita um café ?”
“- Com todo o gosto.”
Por momentos pensei que o prémio poderia ser algo de mais substancial, mas um café dadas as circunstâncias, sempre era melhor que um pontapé no cú.
Saquei entretanto do cartão de débito para pagar por multibanco.
Azar !
O multibanco após várias tentativas dava sempre erro.
Um outro responsável da loja ligou com alguém da assistência técnica da SIBS que após várias tentativas de configuração do terminal multibanco lá conseguiu pô-lo operacional.
“- Ainda bem que apareci antes da inauguração para vocês terem a oportunidade de ensaiar todos os equipamentos.”
Os mais católicos diriam que como o posto não tinha sido ainda benzido as coisas não poderiam estar todas operacionais.
Já do meu ponto de vista chego à seguinte conclusão: Poucos postos de gasolina devem estar benzidos, a constatar com o nº de gasolineiras que são assaltadas por ano… Ou então a tradição já não é o que era...