É o assunto que está na ordem do dia: o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Um tema controverso que tem levado, principalmente nos meios de comunicação social, a diversos debates e diálogos entre as diferentes opiniões e justificações pelo Sim e pelo Não à despenalização. A campanha anda na rua com cartazes mais ou menos sérios, políticos, católicos, médicos e personalidades várias a darem a cara por uma ou outra escolha no referendo.
Não se fala noutra coisa !!! Já cansa !!! Não chegam as campanhas para as eleições autárquicas e presidenciais e têm que nos bombardear com mais uma campanha a um referendo ?
Já se fala em mais de 2M€ de gastos em campanha !!! Eu pergunto: com esse dinheirinho não poderiamos financiar algumas instituições de apoio social, nomeadamente a ajuda de berço ? Não poderiamos, como em alguns países da Europa, subsidiar as mães mais carenciadas por cada filho que tenham ?
O aborto vai continuar a existir. É preciso é que ele deixe de ser clandestino e que as mulheres deixem de ser "perseguidas" judicialmente por um acto que se veem forçadas a fazer por falta de condições psíquicas, emocionais ou financeiras. Eu voto Sim, embora não concorde com o aborto feito de uma forma fria, leviana, sistemática e sem qualquer respeito pela vida humana. Agora não vamos dramatizar e dizer que abortar até às 10 semanas é cometer um assassinato, quando muitas vezes esse ser humano não desejado, não amado, vai ser sujeito a uma vida cruel, injusta e desumana. Muitas vezes essas crianças são maltratadas física e psicologicamente e não raras vezes acabam por morrer muito tempo depois das tais 10 semanas de gestação, quando realmente não só o coração batia, mas também a cabeça pensava e os sentimentos eram os de uma criança que só queria brincar, abraçar os pais e ser feliz !
Não se fala noutra coisa !!! Já cansa !!! Não chegam as campanhas para as eleições autárquicas e presidenciais e têm que nos bombardear com mais uma campanha a um referendo ?
Já se fala em mais de 2M€ de gastos em campanha !!! Eu pergunto: com esse dinheirinho não poderiamos financiar algumas instituições de apoio social, nomeadamente a ajuda de berço ? Não poderiamos, como em alguns países da Europa, subsidiar as mães mais carenciadas por cada filho que tenham ?
O aborto vai continuar a existir. É preciso é que ele deixe de ser clandestino e que as mulheres deixem de ser "perseguidas" judicialmente por um acto que se veem forçadas a fazer por falta de condições psíquicas, emocionais ou financeiras. Eu voto Sim, embora não concorde com o aborto feito de uma forma fria, leviana, sistemática e sem qualquer respeito pela vida humana. Agora não vamos dramatizar e dizer que abortar até às 10 semanas é cometer um assassinato, quando muitas vezes esse ser humano não desejado, não amado, vai ser sujeito a uma vida cruel, injusta e desumana. Muitas vezes essas crianças são maltratadas física e psicologicamente e não raras vezes acabam por morrer muito tempo depois das tais 10 semanas de gestação, quando realmente não só o coração batia, mas também a cabeça pensava e os sentimentos eram os de uma criança que só queria brincar, abraçar os pais e ser feliz !
11 comments:
Sim Amigo, subscrevo o SIM, pelas razões que apresentaste, que disser não, que dê solução para quem vai gerar uma vida e não pode, quem vai gerar um ser infeliz. Viver infeliz não é viver... Ricardo
O teu português anda mesmo macarrónico !!!
"que disser não, que dê solução para quem vai gerar uma vida e não pode, quem vai gerar um ser infeliz" - o que quer dizer em português de Portugal ?
A minha posição perante esta situação é o SIM.
Haverá um ou outro caso que nos levaria a responder o não, mas pensando nos casos que se escondem na clandestinidade e naqueles embriões que teimam em crescer vítimas de uma violação....
Desculpem-me os hipócritas, mas dizer não para quê?
« que(M) disser não, que dê solução para quem vai gerar uma vida e não pode, quem vai gerar um ser infeliz"
Correcção feita, faltava um «M», não me chames de analfabruto! :) Ricardo
p.s_ escrevia ás pressas daí a falta do «M»
Paula, não estás sozinha nesta questão. Felizmente, vivemos em democracia e cada um de nós ainda é livre de dar a sua opinião e de fazer uma escolha de acordo com a sua própria consciência. Por todos os motivos que enumeraste e por mais alguns, eu voto NÃO! Para quem não sabe, 62% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal são realizados por mulheres com rendimentos familiares superiores a 65 000 euros por ano. Apenas 6% dos abortos realizados em países europeus com legislação semelhante à pretendida em Portugal são realizados por mulheres com rendimentos familiares inferiores a 7000 euros. Em todo o mundo, o aborto sem invocar qualquer razão é permitido em 22 de um total de 193 países. Em 2006, a Alemanha aprovou um incentivo à natalidade de 25 mil euros por cada nascimento. A taxa de natalidade em Portugal baixou para metade nos últimos 40 anos. Mas, em vez de invertermos esta tendência, aqui preferimos 'descartar' embriões, fetos (sim, não se usa o termo 'bebé' para não chocar ou para tentar esquecer que é um ser humano em desenvolvimento). Despenalização, sim, se bem que não há mulheres detidas pelo crime de aborto em Portugal... o pior é que a despenalização pressupõe automaticamente a liberalização do aborto... e a minha consciência não aceita o pensamento de ceifar vidas, mas sim de as salvar. Além disso, o Sistema Nacional de Saúde não tem capacidade para suportar o cenário que se adivinha... Assistência com condições de higiene e segurança? Nos hospitais não a terão com certeza porque, não se iludam, é incomportável. Ou seja, os abortos clandestinos continuarão a existir. A solução passa por criar gabinetes de apoio psicológico, apostar seriamente no planeamento familiar, haver mais esclarecimento, oferecer condições. Porque não pactuo com a morte de um ser humano indefeso e porque não admito que se negue o direito à vida de alguém que não pode pensar por si, voto NÃO.
Bom, não estava à espera de criar agora aqui um "Prós e Contras"...
Para responder aos pontos da Paula:
1º Esse é um falso argumento pois o estado deveria ter a obrigação de disponibilizar a preços económicos ou gratuitos meios de contracepção para famílias carenciadas. Se não o faz, deveria fazê-lo.
2º O trabalho dos hospitais públicos mantém-se. Em vez de se fazer mais um parto, faz-se um aborto, que penso eu que será mais fácil, do ponto de vista médico, de fazer do que um parto.
3º As mulheres que continuam a fazer abortos actualmente quer clandestinos quer em clínicas espanholas que acompanhamento psicológico têm ?
4º Concordo contigo. É necessário criar condições, mas com o Não essas condições também não vão ser criadas enquanto não houver vontade política...
5º Uma mãe cria um filho (que não desejava ter) na sua barriga durante 9 meses, e depois dá-o para adopção ? Faz-me lembrar o caso Esmeralda, em que o coitado do pai afectivo está preso e condenado a uma pena de 6 anos de prisão e a desgraçada da criança é que sofre...
6º Esta razão não existe...
7º 2 semanas e o coração deles já batia ? Eu não sou entendido nessas coisas, mas pelo que já li parece-me no mínimo muito estranho pois o coração só começa a bater a partir do 25º dia.
8º Não estamos a prejudicar alguém
quando assumimos que fizemos uma "borrada" e criamos um ser humano mesmo contra a nossa vontade, mesmo sem o nosso amor incondicional ?
Para responder à Cláudia:
Em toda a Europa apenas mais 3 ou 4 países têm ainda uma legislação igual à nossa. Todos os outros despenalizam a IVG até às 10 ou mesmo 12 semanas.
Com o Não a legislação não vai mudar em nada, e o estado não vai incentivar a natalidade oferecendo 25.000€ como na Alemanha por cada nascimento. Se assim fosse em Portugal as familias em vez de terem 1 a 2 filhos tinham meia dúzia. Não há condições económicas para a maioria das famílias criarem mais do que 1 filho. Estamos na cauda da Europa em quase todos os indicadores económicos e sociais, e queremos que as mulheres que não queiram porque não podem criar um filho, mesmo assim sejam obrigadas a tê-lo, senão podem ser penalizadas criminalmente ?
"A solução passa por criar gabinetes de apoio psicológico, apostar seriamente no planeamento familiar, haver mais esclarecimento, oferecer condições." - estes penso que são os requisitos que todos nós pretendemos como ideais.
Não concordo com uma liberalização incondicional da IVG sem haver o tal acompanhamento psicológico e planeamento familiar, que permita que haja um período de reflexão antes de decidir o que quer que seja. Como não há respostas Nim, e como eu encontro mais respostas no Sim do que no Não, esta é a minha posição. Que vai ganhar diga-se de passagem...
Bem caríssimo o objectivo não era "criar agora aqui um Prós e Contras...", apenas efectuar um comentário ao teu "post" acho que é para isso que eles existem ou não?. Eh!Eh! Mas senão peço desculpa!
Claro que após de ter exposto a minha opinião, vou-me abster de efectuar comentários ás opiniões de cada um porque não estou a fazer campanha e não sou política!
Paula
Não desestabilizas nada ! És livre de dar a tua opinião e a tua opinião é bem vinda no meu blog. Senão também quase que não tinha comentários...
If Sim means yes I'll be voting sim if I'm Portuguese. I personally am aginst abortion and as you know could not bear to go through with one, but I respect the right of those women who should decide to have one. Nobody should decide for any woman what she does with her body, but we have the responsibility to provide her with safe and correct means to have an abortion if she should choose to have one.
Accidents can still happen even when contraceptive means have been used, after which only the woman will have to live with her choice because her body and her life are at stake.
Legalising abortions also mean installing counselling and many can still be persuaded to change their minds and pursue other options like giving up their babies for adoption etc. And the right to abort can also be limited to the first 3 months, which makes it a little easier to live with.
Ninguém tem o direito de interromper uma vida. Isso é assassinato. A mulher grávida tem uma vida dentro de si, desde o momento da fecundação.
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