Sunday, April 09, 2006

Custa de carago... Carago não carago !

Juntos, estamos a arrumar com a exclusão social.
"Por muito que lhe custe
não dê nada. Nós damos por si."
Projecto Porto feliz.

Em carta aberta aos portuenses o presidente da Câmara Municipal do Porto incentiva a população a não dar a tão requisitada moedinha aos arrumadores profissionais, que vagueiam pela nossa tão nobre cidade Invicta. A ideia é tratar e reintregar esses profissionais da via pública de forma a tornarmos a cidade mais segura e os arrumadores menos dependentes da moedinha e da droga. No entanto, segundo o próprio Rui Rio a situação nos últimos meses tem-se degradado... E por isso temos que ser mais activos.
Posto isto tenho os seguintes comentários a fazer:
  1. Desde que o projecto arrancou ainda não vi qualquer sinal de desocupação das ruas por parte dos arrumadores. Muito pelo contrário, cada vez há mais arrumadores por tudo o que é canto.
    Solução: diminuir o numerus clausus no curso superior de arrumador;

  2. Por muito que lhe custe não dê nada ?!?! Moralmente não nos custa nada não dar nada... O chato é depois ganhar na rifa um risco ondulado a todo o comprimento do nosso querido rodinhas... Como se já não bastassem os riscos nas paredes lá de casa das nossas criativas criancinhas !
    Solução: só deixamos de dar a moedinha se o Rui Rio assumir os prejuizos que possam resultar dessa nossa posição intransigente ! ;

  3. Conforme se pretende vamos arrumar com a exclusão social.
    Solução: dar cursos de pós-graduação em boas maneiras aos arrumadores profissionais. É importante que saibam gerir o seu tempo de forma a não necessitarem de fazer horas extraordinárias, não violarem as zonas de arrumação dos seus colegas de profissão e acima de tudo não protestarem com os clientes quando recebem menos de 50 cêntimos por ofício. Aos arrumadores no desemprego vamos dar cursos de formação intensiva em assaltos à mão armada, técnicas de negociação em pedidos de resgate e arrombamentos de caixas-forte. O objectivo, neste cada vez mais difícil mercado de trabalho, é alargar o leque de opções e ao mesmo tempo tornar os arrumadores profissionais que se encontram desempregados, mais polivalentes.

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